A selecção da (des)união

Admito que nos dias que correm não consigo torcer pela Selecção portuguesa. E não sei bem porquê! Bem, claro que me senti defraudado com o último Mundial, depois de terem sido prometidos mundos e fundos! Claro que não gosto de lá ver o Deco! ...E o Madaíl! Mas, e essa é a principal razão, creio que a equipa das «quinas» deixou de ser isso mesmo: uma equipa! Ora é a equipa do Figo, ora é a equipa do Rui Costa, ora a equipa de sei lá mais quem! Ou seja, aquilo mais parece uma manta de retalhos, tipo cada um por si, sem voz, nem comando. Assim, pelo menos, o tem sido desde que Scolari veio do Brasil para receber valentes euros do povo português. E para quê? Rendido ao sistema já utilizado por António Oliveira (também nunca gostei desse senhor, mas verdade seja dita que não houve ainda ninguém como ele a dirigir aquele grupo), esse dito durão brasileiro até parece que não prepara jogo nenhum, limitando-se a dizer aos jogadores para....jogarem.
Claro que há condicionalismos! O grupo raramente está reunido mais do que três dias, há falta de jogos a sério e há jogadores envolvidos nos compromissos dos respectivos clubes. Mas não será isso que acontece com a Espanha? Com a Itália? Com a França? Com o Brasil?
Esperemos que tudo isto mude no Euro-2004 e aquele grupo de homens que hoje vimos a correr com as cores de Portugal vestidas consiga unir-se. Sim, unir-se! Porque é isso que falta...parece-me!

P.S. – Vou abrir uma excepção e falar de jogadores...Será que o Ricardo desaprendeu? Que saídas aos cruzamentos são aquelas? Não reivindico o regresso de Vítor Baía, mas...

Dias da Cunha no seu melhor

Depois de ter ido à PJ prestar declarações sobre...nada, o senhor presidente do Sporting voltou a dar uma lição a todos os que viram Liedson marcar o golo da vitória frente ao Paços de Ferreira. «Não há fora-de-jogo, pois já não existem foras-de-jogo posicionais», disse este grande conhecedor de leis do futebol.
Já numa apreciação geral à arbitragem de Elmano Santos, Dias da Cunha não podia ser mais ...vazio: «Esta arbitragem está relacionada com o Leixões-Estoril Porquê? Investiguem...»

Triste fado português

Inglória a eliminação do Benfica da Taça UEFA. Primeiro, tantos golos falhados na Luz, depois, marca três em pleno San Siro e, por fim, acaba por ser eliminado..Enfim, é o triste fado português que teima em não deixar a equipa das camisolas berrantes. Admito que, por momentos, vi o «filme» de Leverkusen, mas quem comete tantos erros próprios só com sorte poderia seguir hoje para os «quartos».
Por outro lado, apetece-me dar os parabéns... ao FC Porto! Vou passar a sorrir sempre que alguém criticar a equipa de José Mourinho em jogos europeus. Prometo!

A morte de um futebolista voltou a entristecer Portugal. É certo que não foi vivida em directo nem o jogador tinha mediatismo, mas aqui deixamos a devida homenagem a um jovem de 23 anos que se viu privado do melhor que há, ainda que por vezes possa não parecer: a vida.
Paz à tua alma, Luís Manuel Duarte Rodriguez!

Resposta ao «exercício» anterior

Achei piada ao «exercício de café» postado pelo companheiro de bancada lcalvo acerca das mais valias lagartas e lampiãs nas respectivas equipas, apesar de ser por de mais evidente que o mesmo sofre de uma enfermidade que não pode ser colocada à margem de uma avaliação isenta.

De facto, as avaliações leoninas feitas «a quente» e após uma exibição medonha que redundou numa humilhação daquelas a que o Sporting, infelizmente, nos vem habituando (estranha mania, esta, de perder sempre «em grande») , acabam por ser (por muito que não se queira) influenciadas pela (má) exibição ainda na memória.

Mas enfim... aceitando o repto lançado, debruço-me, então, sobre os considerandos que foram traçados e deixo a minha humilde opinião:

Guarda-redes - haveria matéria para longos debates, entre as virtudes e defeitos de Ricardo ou Moreira. Mas como não há tempo nem espaço para tal, cinjo-me ao evidente: é legítimo que se prefira um ao outro, mas creio ser indiscutível que são os dois BONS guarda-redes;

Defesa – recuso-me a (sequer) debater qual a melhor dupla de centrais. Na minha opinião, Polga e Beto valem sempre mais do que qualquer das duplas que o Benfica já apresentou esta época. A falta de um defesa esquerdo com um mínimo de qualidade no plantel encarnado dá, por «falta de comparência», a vitória a Rui Jorge, na comparação directa entre plantéis. Quanto ao defesa-direito (e apesar de não me cansar de repetir que, até ao momento, o Miguel AINDA não é um bom defesa-direito), ok... levem lá a bicicleta: o tipo da Zona J está a render mais do que Miguel Garcia ou Mário Sérgio;

Meio campo – Se quisermos comparar apenas – o que não me parece justo – as duplas Custódio-Rochemback e Petit-Tiago, talvez (sim, talvez...), admita que a encarnada possa ser mais completa. Mesmo assim, pelo mais diverso tipo de factores, não os trocava. Estendendo a avaliação das zonas intermediárias aos restantes jogadores que as completam, continuo a achar que a do Sporting é superior não só nos jogadores habitualmente titulares como nas restantes opções.

Ataque – concordo que o do Benfica é melhor.

Resumindo, em 11 posições em campo, talvez aceitasse para o «meu Sporting» 3 jogadores do Benfica (Miguel, Simão e Nuno Gomes). Continua a parecer-me pouco.

Taça do Rei, Liga dos Campeões e Taça de Portugal...

Ontem vi-me na contingência de optar: ou via a final da Taça do Rei, entre Real Madrid e Saragoça, ou via a meia-final da Taça de Portugal, entre Benfica e Belenenses. Como felizmente me vi numa daquelas situações em que o coração não mandava, imperou a razão: vi o Real Madrid-Saragoça.

Primeira nota: grande jogo! Os primeiros 45 minutos, então, brutais, com as duas equipas a jogar em alto ritmo, o Real, claro, a «pegar» mais no jogo, mas o Saragoça a exibir-se em grande nível, sobretudo no contra-ataque (sobretudo enquanto Sávio teve pernas...).

O resultado ao intervalo era injusto (2-1 para o «não galácticos»), mas a vitória final do Saragoça, já confirmada no prolongamento, acaba por premiar uma grande exibição de uma equipa que teve o mérito de jogar o jogo pelo jogo contra os galácticos e apresentar maior frescura física que o adversário mesmo quando esteve a jogar com menos um.

Enquanto via o jogo com um amigo, pensámos ambos nas palavras do Queirós em entrevista a «A BOLA», onde ele dizia, preto no branco, que apesar de galáctico, o plantel do Real é muito mais desequilibrado que o das equipas de topo do futebol europeu. É um facto. E cheira-me a que o Real vá ter grandes dificuldades para vencer a Liga dos Campeões. A ver pelo jogo de ontem, se o Real apresentar a mesma falta de frescura ante um AC Milan ou um Arsenal (pelo menos estes dois), vai ter sérias dificuldades para levantar o «caneco».

Quanto ao Benfica, quando mudei de canal, já estava 3-0. Acabou 3-1. Calculo que tenha sido justo. Agora fica a promessa: apesar de independente, no dia 16 de Maio, quando entrarem as duas equipas no relvado do Jamor, acho que vou «preferir» que ganhem os de vermelho...

Ainda estou para perceber quem é o autor daqueles pirosos artigos publicados no site do Sporting, sob o nome «Bola Quadrada - O futebol nos tempos da pedra lascada». Não bastava já as entrevistas ao presidente Dias da Cunha?

Morreu
«Para mim, o senhor Pimenta Machado morreu», são palavras de Toni, falando sobre a fracassada ida para o Vitória de Guimarães. Pois, para mim, é mais simples. Pimenta Machado voltou a inovar e aplicou novos tempos à sua própria máxima: «O que de manhã é verdade, à noite é mentira.»

Vocês viram bem «aquela» bola do Jankauskas?! Bruto golo!!!

Ao que tudo indica, Toni vai suceder ao «motocarro» Jorge Jesus e tentar salvar o Vitória de Guimarães da descida. Já em Dezembro, o antigo treinador do Benfica tinha recebido um convite de Pimenta Machado, então, para suceder a Inácio, mas, uma conversa com este, levaram-no a recusar. «As condições não são bem como dizem e há dificuldades até para treinar», justificou.
Agora, parece que mudou de ideias e aí vai aquele que nunca provou nada como treinador armado em salvador. Sim, porque na carreira de Toni o que é que encontramos? Tudo bem que foi campeão pelo Benfica, mas sempre que saiu da «casa-mãe» o que é que conseguiu? Nada mais que fracassos em França, China e Egipto!
É assim com expectativa que vou seguir o seu trabalho e, dado o seu «figurão», desejar-lhe as melhores felicidades.

P.S. – Já agora, aposto que a sua primeira iniciativa será promover Ednilson a titular absoluto!

De que estão à espera estes senhores?

Os atentados terroristas de ontem em Madrid deram certamente que pensar aos responsáveis pela segurança do Euro-2004, isto para falar apenas sobre a influência que o acontecimento tem no futebol.
Inevitavelmente, como acontece na maioria das vezes em que ocorrem este tipo de situações, dei comigo a pensar sobre o assunto várias vezes durante o dia. E assim foi quando caminhava por entre os acessos (????) para o novo Estádio da Luz, a fim de assistir ao Benfica-Inter.
E eis que surge a primeira barreira e ...nada! Nem bilhete, nem qualquer tipo de verificação! Deve ser lá à frente, pensei eu! Qual quê!?!?!?! Passei pela segunda barreira e lá me perguntaram pelo bilhete, mas bastou-me fazer o gesto para recolher a carteira e o homenzinho da empresa que «protege» as entradas ao estádio já estava a dizer: «Segue, segue, rápido!»
Claro que também não gosto da chamada revista à porta do estádio, e à qual várias vezes já fui submetido naquele mesmo recinto, mas será solução deixar passar todos sem qualquer tipo de verificação? É caso para perguntar: de que estão à espera estes senhores? Ainda para mais quando, segundo soube depois, estava a ser ultimada no Estádio da Luz uma reunião entre representantes das 16 selecções que vão estar no Euro.

Lembrei-me agora de uma coisa...

Devem ter reparado que, no início da recente transmissão televisiva do jogo Manchester Utd-FC Porto, os primeiros minutos não tiveram direito a qualquer tipo de comentários por «dificuldades técnicas».

Ou seja, ficámos apenas reduzidos às imagens do jogo e ao som ambiente do estádio. Quando finalmente surgiu a locução, dei por mim a pensar em como era bom que as transmissões dos jogos não tivessem narradores ou, pelo menos, o direito de opção para o telespectador, que poderia deste modo furtar-se aos sempre aborrecidos e impertinentes comentários de alguns doutorados na arte da teoria futebolística e que só sabem dizer merda ou banalidades.

Quanto ao resto, e apesar do atraso, os maiores parabéns ao FC Porto pela brilhante eliminação do Manchester...

(Dentro de alguns segundos começa o jogo do Benfica... tenham fé! Muita fé, mesmo...)

Aproveitar o balanço e seguir o exemplo dado pelo F.C. Porto contra o Manchester. É o que se pede ao Benfica esta noite frente ao Inter, num Estádio da Luz que se espera totalmente cheio (será?).
A maioria diz que o Inter está mal e vem à Luz desfalcado, mas isso é sempre relativo quando olhamos para a sua equipa e vimos nomes como Toldo, Cannavaro, Cordoba, Gamarra, Janetti(s), Okan, Karagounis, Recoba e Van der Meyde.
De qualquer forma, acredito que o Benfica consiga vencer este jogo (se não for assim, também não passará a eliminatória). No entanto, é preciso atitude, não ter medo...algo que é raro acontecer nos «encarnados». Prognóstico? O 2-0 é um sonho, mas...

Justo e...saboroso!

Tudo bem que o Manchester United não é nenhum «papão», aliás, já quando esteve em Portugal na pré-época bem o demonstrou, mas quantas equipas portuguesas (só para falar destas) conseguiriam alcançar o feito desta noite do F.C. Porto?

José Mourinho já tinha saído vencedor do jogo de palavras e, sem dúvida, que Sir Alex Ferguson já deve estar arrependido de tudo o que disse. Esse senhor até estava bem informado, mas esqueceu-se que este F.C. Porto também tem honra, dignidade e...valor, muito valor! Ah! E sorte! Os «azuis-e-brancos» foram felizes, mas diga-se que o mereceram ser. Quem luta, acredita e corre daquela maneira só o pode ser...

Por isso, deixo, «com toda a sinceridade», os merecidos parabéns ao emblema do Dragão por ter elevado, mais uma vez, o nome de Portugal por essa Europa...

Onde pára a fama?

«O F.C. Porto quer sempre árbitros que o possa ajudar.» As palavras pertencem a Sir Alex Ferguson e foram proferidas esta tarde na habitual conferência de imprensa que antecede os jogos da Liga dos Campeões.

Também o defesa John O’Shea mostrou que gosta de atacar quando fala... «Como é defrontar uma equipa que simula tantas faltas? É frustrante, mas esperamos que o árbitro mostre cartões amarelos bem cedo. Se assim acontecer, os jogadores adversários não vão atirar- se para a relva tão depressa como na primeira mão.»

Depois dos campeonatos comprados no supermercado, eis que os britânicos se mostram, uma vez mais, bem informados sobre a equipa dominadora do futebol português...

O regresso de Jaime Pacheco

Erwin Sanchez bem o tentou imitar, para mal dos nossos pecados, mas direcção e adeptos mostraram que preferem mesmo o original. Jaime Pacheco está de volta ao Boavista e deixou uma promessa, que mais valia não a ter feito: «Podia prometer um projecto muito bonito, como as maquetes do estádio, mas tudo isso não faz sentido se não houver trabalho.»

Ora bem! Mudar para quê? O «musculado» futebol vai continuar e nós, apesar de acreditarmos que os resultados vão melhorar, vamos continuar a assistir (sem pachorra) à manutenção na máxima «do pescoço para baixo é canela»...

Resta saber se os adeptos que hoje aplaudiram Pacheco na apresentação são os mesmos que o assobiaram há cerca de um ano. E daqui a um mês o que irão fazer?

Parabéns Manel!

Com nome, e vai lá saber-se mais o quê, mais a virar para o outro lado da segunda circular, o jovem Manuel Fernandes deu a vitória ao Benfica em Barcelos. Com 18 anos, estilo ele tem e «estrelinha» parece que também, agora só falta saber se consegue manter este nível...Parabéns e continua!

Por vezes sabe-me bem assistir a determinadas coisas...

Terminou agora a primeira parte do FC Porto-Belenenses. O resultado está em 1-0. Como não podia deixar de ser, o FCP lá vai juntando mais uns pontinhos a caminho do título. Mas passemos ao que me levou a escrever estas linhas...

O que me deu gozo, entretanto, o que me deu mesmo um valente gozo, foi assistir a uma vergonhosa simulação de penalty do Sérgio Conceição (sem admoestação, claro!, que essas coisas não acontecem por cá...) e duas simulações de agressão do Jorge Costa no curto espaço de 5 minutos...

Por vezes sabe-me bem assistir a determinadas coisas...

A despedida?

O Benfica iniciou na passada quarta-feira, com o jogo frente ao Rosenborg, uma série de oito jogos em 25 dias, algo de verdadeiramente preocupante se tivermos em conta que estamos a falar de jogos decisivos para avaliar o trabalho de toda a época, precisamente numa altura em que a prestação da equipa se tem nivelado por parâmetros baixíííííssimos.

Por isso, e ainda que possa ter esperanças em que tudo corra pelo melhor na condição do triste vício que ostento em ser sócio do clube, não prevejo nada de bom.

Escusando lembrar que a SuperLiga lá se encaminha para se festejar de «azul e branco», a eliminatória da Taça UEFA com o Inter é muito complicada e, repito, face à sobrecarga de jogos e às últimas exibições, o jogo da Taça de Portugal frente ao Belenenses também não deverá ser nenhuma «pêra doce».

A tudo isto teremos ainda de juntar as lesões, essa terrível epidemia que muito tem limitado os trabalhos da equipa, pois cada jogo tem quase resultado numa lesão. Um verdadeiro fenómeno...

A «motivação» de Fernando Santos

«Mal dos jogadores do Sporting se não estiverem motivados. Falta de motivação devem ter aqueles que se levantam às sete da manhã para ir para o escritório trabalhar. Esses é que têm falta de motivação!» As palavras pertencem ao próprio treinador do Sporting e, agora, sou eu que pergunto: «Então e o que sentem aqueles que iniciaram a época em Agosto com, pelo menos, quatro contratações de luxo (Ricardo, Polga, Rochemback e Silva) e, em Dezembro, já estavam arredados das três competições em que entraram (tudo bem que na SuperLiga ainda andam por ali, mas quantos acreditam na conquista do título?).

«Não costumo falar para o ar», disse ainda esta figurinha, que certamente lhe passou ao lado o facto de quem lhe proporciona a vida «motivada» que leva são precisamente aqueles a que se refere como desmotivados e até frustrados.

Por acaso, de certa forma, o desporto também me paga o (péssimo) ordenado que recebo ao final do mês, mas não é por isso que começo a atirar «postas de pescada» sobre as profissões dos outros. Talvez agora percebemos por que este senhor deixou a carreira de engenheiro (se é que alguma vez se dedicou a ela).

Algumas ideias sobre o Rosenborg-Benfica...

Depois de ler algumas das coisas aqui «postadas» por quem de direito (benfiquistas, entenda-se...) após o jogo com o Rosenborg, aproveito o facto de as coisas terem acalmado um pouco para deixar algumas considerações sobre aquilo a que assisti pela televisão:

1) achei a exibição do Benfica uma coisa horrível de ser ver. Patética, mesmo, em várias situações. Tudo bem que não há banco, tudo bem que a equipa tem limitações por de mais reconhecidas, tudo bem que o importante era passar à fase seguinte. Mas pergunto: será que a passagem «a todo o custo» não tem implicações no prestígio que um clube tem a defender? É que o que eu vi ontem fez-me lembrar um misto de Boavista com Gil Vicente quando, na nossa pequena Superliga, jogam no terreno dos «grandes». Ver o Benfica a assumir esse papel fez-me algumas «cócegas»;

2) Hoje, nos jornais, enaltece-se o «espírito de sacrifício» da equipa após a expulsão do Nuno Gomes mas, porra!, era o Rosenborg (em princípio de época) o adversário. Não estamos aqui a falar de adversários como um AC Milan, Manchester United, Real Madrid, Juventus, ou coisa que o valha... E o que eu vi foi uma equipa que, ante um adversário quase medíocre, se agarrou a uma vantagem magra durante 50 minutos, não olhando a meios para evitar o golo que se adivinhava (simulação de lesões, queimar tempo nas reposições de bola, demorar eternidades nas substituições, etc);

3) faltam-me adjectivos para classificar a atitude do Nuno Gomes. Gosto dele como jogador, assumo-o, mas aquilo que ele fez ontem foi... atroz;

4) o Luisão é, de facto, um fenómeno! (escusado será dizer que isto não é um elogio, mas sim uma constatação de que a contratação do homem é digna de constar de uns quaisquer «ficheiros secretos» do futebol, para explicar como é que é possível que um internacional brasileiro seja tão mau como vem revelando ser...)

5) por último, os elogios: grande Moreira! Gigante Moreira! Não há palavras para descrever «aquela» defesa. Grande defesa! Maior ainda do que todas as outras que fez para segurar a eliminatória. Grande Petit, também, muito perto do «pitbull» celebrizado por Jaime Pacheco no Boavista. Foram, para mim, as únicas notas positivas de uma noite... para esquecer.

Agora vem aí o Inter... é rezar...

A «queda» dos jogadores portugueses para simulações não é assunto novo, mas é imperdoável o que acabo de assistir, pela televisão, no jogo Rosenborg-Benfica. Nuno Gomes, ele que até deveria dar o exemplo, ou não fosse dos mais experientes (???) do plantel, acaba de ser expulso depois de simular um «penalty», quando até tinha tudo para fazer golo e, aposto, qualificar o Benfica para os «oitavos» da Taça UEFA.

Avelino Ferreira torres: uma besta de fato e gravata!...

Inacreditável a entrevista a que acabei de assistir no telejornal da SIC, com o senhor Avelino Ferreira Torres (presidente da Câmara de Marco de Canavezes, por muito que nos custe a acreditar), protagonista, este fim-de-semana, de mais um caricato episódio no nosso triste futebol.

Impressionante a falta de respeito da «besta» (desculpem, mas não tem outro nome), a pequenez de carácter, a mirrada inteligência, a turbulência do discurso e a alarvidade das suas afirmações.

Para além de protagonizar atitudes completamente terceiro-mundistas (como irromper por um relvado a dentro, pontapeando a mesa do quarto árbitro e insultando o trio de arbitragem sem o mínimo de pudor, gesticulando de forma claramente ameaçadora), a «besta» ainda vem de fato e gravata para a televisão dar-se ao luxo de afirmar que «voltaria a fazer tudo de novo», arrogando-se o direito de considerar «legítima» a sua actuação.

«Porque é que não posso pontapear aquilo se fui eu que comprei?», questiona a certo ponto, a propósito de um dos aparelhos danificados pela sua fúria... Comentários para quê?

Apetece pegar nas palavras da Fátima Campos Ferreira no «Expresso» deste fim-de-semana, em que ela questiona o porquê de certos jornalistas ou equipas redactoriais considerarem pertinente dar voz a estes «bombistas» capazes de cometer verdadeiros atentados à inteligência dos espectadores.

Já pareço o outro mas, de facto, «meter nojo» é a única expressão que me ocorre assim de repente depois de assistir àquele «merdas» com cerca de cinco minutos de tempo de antena no telejornal da SIC. A procura de protagonismo faz, mesmo, com que as pessoas não tenham noção do ridículo.

Será assim tão difícil criar uma legislação que faça calar de uma vez por todas estes atrasados mentais que se escondem sob a capa de políticos e dirigentes desportivos?!

100 festa

A data agora celebrada pelo Benfica é, sem dúvida, facto digno de assinalar, assim como não é de esquecer as palavras do presidente Luís Filipe Vieira na abertura das festividades: «Os adeptos vão ter orgulho neste centenário.»

Agora, que já tudo passou (as comemorações, claro) posso dizer que, como sócio, não poderia sentir-me mais...cabisbaixo! Sim, o Benfica não arrecadou sequer uma vitória durante este fim-de-semana: no basquetebol perdeu com a Ovarense, no hóquei foi derrotado pelo FC Porto e no andebol perdeu com o Gaia.

Assim, o empate «arrancado» em casa frente ao Moreirense da equipa de futebol acaba por ser o melhor resultado. Sintomático...