quinta-feira, março 04, 2004

Algumas ideias sobre o Rosenborg-Benfica...

Depois de ler algumas das coisas aqui «postadas» por quem de direito (benfiquistas, entenda-se...) após o jogo com o Rosenborg, aproveito o facto de as coisas terem acalmado um pouco para deixar algumas considerações sobre aquilo a que assisti pela televisão:

1) achei a exibição do Benfica uma coisa horrível de ser ver. Patética, mesmo, em várias situações. Tudo bem que não há banco, tudo bem que a equipa tem limitações por de mais reconhecidas, tudo bem que o importante era passar à fase seguinte. Mas pergunto: será que a passagem «a todo o custo» não tem implicações no prestígio que um clube tem a defender? É que o que eu vi ontem fez-me lembrar um misto de Boavista com Gil Vicente quando, na nossa pequena Superliga, jogam no terreno dos «grandes». Ver o Benfica a assumir esse papel fez-me algumas «cócegas»;

2) Hoje, nos jornais, enaltece-se o «espírito de sacrifício» da equipa após a expulsão do Nuno Gomes mas, porra!, era o Rosenborg (em princípio de época) o adversário. Não estamos aqui a falar de adversários como um AC Milan, Manchester United, Real Madrid, Juventus, ou coisa que o valha... E o que eu vi foi uma equipa que, ante um adversário quase medíocre, se agarrou a uma vantagem magra durante 50 minutos, não olhando a meios para evitar o golo que se adivinhava (simulação de lesões, queimar tempo nas reposições de bola, demorar eternidades nas substituições, etc);

3) faltam-me adjectivos para classificar a atitude do Nuno Gomes. Gosto dele como jogador, assumo-o, mas aquilo que ele fez ontem foi... atroz;

4) o Luisão é, de facto, um fenómeno! (escusado será dizer que isto não é um elogio, mas sim uma constatação de que a contratação do homem é digna de constar de uns quaisquer «ficheiros secretos» do futebol, para explicar como é que é possível que um internacional brasileiro seja tão mau como vem revelando ser...)

5) por último, os elogios: grande Moreira! Gigante Moreira! Não há palavras para descrever «aquela» defesa. Grande defesa! Maior ainda do que todas as outras que fez para segurar a eliminatória. Grande Petit, também, muito perto do «pitbull» celebrizado por Jaime Pacheco no Boavista. Foram, para mim, as únicas notas positivas de uma noite... para esquecer.

Agora vem aí o Inter... é rezar...