quarta-feira, março 31, 2004

A selecção da (des)união

Admito que nos dias que correm não consigo torcer pela Selecção portuguesa. E não sei bem porquê! Bem, claro que me senti defraudado com o último Mundial, depois de terem sido prometidos mundos e fundos! Claro que não gosto de lá ver o Deco! ...E o Madaíl! Mas, e essa é a principal razão, creio que a equipa das «quinas» deixou de ser isso mesmo: uma equipa! Ora é a equipa do Figo, ora é a equipa do Rui Costa, ora a equipa de sei lá mais quem! Ou seja, aquilo mais parece uma manta de retalhos, tipo cada um por si, sem voz, nem comando. Assim, pelo menos, o tem sido desde que Scolari veio do Brasil para receber valentes euros do povo português. E para quê? Rendido ao sistema já utilizado por António Oliveira (também nunca gostei desse senhor, mas verdade seja dita que não houve ainda ninguém como ele a dirigir aquele grupo), esse dito durão brasileiro até parece que não prepara jogo nenhum, limitando-se a dizer aos jogadores para....jogarem.
Claro que há condicionalismos! O grupo raramente está reunido mais do que três dias, há falta de jogos a sério e há jogadores envolvidos nos compromissos dos respectivos clubes. Mas não será isso que acontece com a Espanha? Com a Itália? Com a França? Com o Brasil?
Esperemos que tudo isto mude no Euro-2004 e aquele grupo de homens que hoje vimos a correr com as cores de Portugal vestidas consiga unir-se. Sim, unir-se! Porque é isso que falta...parece-me!

P.S. – Vou abrir uma excepção e falar de jogadores...Será que o Ricardo desaprendeu? Que saídas aos cruzamentos são aquelas? Não reivindico o regresso de Vítor Baía, mas...