segunda-feira, fevereiro 23, 2004

E AGORA O SPORTING...

Para ser sincero, mal me deparei com as primeiras imagens da transmissão televisiva da RTP em directo de Barcelos, tive uma estranha sensação de «déjà vu» e pensei para com os meus botões algo do género: «Já fomos!»

Continuo a não perceber como é que é possível que uma Liga que se diz profissional possa ser disputada num... enfim... que raio de coisa se pode chamar àquilo? Um baldio arrelvado? Um quintal em forma de estádio? É que até o simples termo «campo de futebol» peca por exagero quando somos confrontados com aquela miséria. Facto: é impossível jogar futebol naquelas condições.

Mas enfim... nisto dos campos, como se costuma dizer na gíria futebolística – essa «coisa» recheada de conceitos bíblicos – eles são iguais para as duas equipas, portanto nem vale a pena ir por aí para justificar o novo percalço do Sporting. Apetece. Mas não o faço. Tal como também apetece maldizer aquela ‘arvela’ que dá pelo nome de Nandinho e que parece existir apenas para irritar os adeptos sportinguistas (não nos esquecemos das suas três batatas em Alverca, não!) e para engrossar o lote de inacreditáveis jogadores que já passaram pelas fileiras lampiãs.

Bem... estou a esticar-me. Vim aqui para falar do Gil Vicente-Sporting. Passo, então, a fazê-lo: foi um jogo engraçado, «entretido», com duas equipas à procura da vitória. Futebol aos repelões, está bem, mas ainda assim agradável de acompanhar, com a bola sempre a rondar as duas balizas, vários lances de golo, emoção... porreiro!

No Sporting gostei, sobretudo, do Custódio e do Barbosa. O Carlos Martins, naquelas condições, não conseguiu provar que merece o lugar, mas o golo marcado deve dar-lhe direito a mais oportunidades. O Tinga, para além do penalty ridículo, mostrou-se mais trapalhão do que objectivo. Ainda assim deixou uns apontamentos que deixam antever que pode ser útil. A rever, portanto. Por último... Ricardo. Já nem sei o que diga. Ok... tem duas intervenções importantes a segurar o 1-0, mas no resto... ui, amigos... aquelas saídas da baliza com os respectivos safanões maricas na bola são de deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos! Mas já esteve pior, reconheço.

Quanto ao Gil Vicente, e por ser manifestamente incapaz de assumir uma posição isenta, fico-me pelo óbvio: fez pela vida, mereceu o empate e podia perfeitamente ter ganho o jogo (teve várias ocasiões para fazer o 2-0 e, depois, o 2-1). Quanto ao resto, detesto aquela equipa, aquele estádio e a maioria dos jogadores que constituem o plantel. Portanto, e para ser simpático... felicidades e um bom resto de Superliga para eles.