domingo, fevereiro 29, 2004

Resumo do fim-de-semana

1) O Sporting jogou mal que se fartou e acabou por conseguir ganhar ao Marítimo quase sem fazer por merecê-lo...

2) O Benfica aparentemente (digo aparentemente porque confesso não ter visto o jogo com grande atenção) jogou mal e empatou em casa com o... Moreirense. O golo do Benfica foi apontado pelo indescritível Fernando Aguiar, mas o Hélder ainda entrou a tempo de abrir as tradicionais ‘buracadas’ para o Moreirense empatar.

3) O FCP ainda não jogou... mas quase apetece dizer que já nem precisa...

Que raio!... Não há forma de acabar já com esta época e dar início à próxima? Nunca mais chega o defeso, mítica altura em que há espaço a rodos para, cada um há sua maneira, serem todos campeões...
Mais «caras» do sistema...

«Para quem ainda ignora o que é o sistema aconselho a leitura do editorial do jornal Sporting desta semana.» A Bancada seguiu a recomendação de Dias da Cunha e foi à procura do dito editorial, esperançada em ver os nomes de Pinto da Costa ou de Valentim Loureiro. Mas não! Ali fala-se em conveniências na avaliação ao árbitro Paulo Paraty, cumplicidades, relações familiares e os nomes dos assistentes Serafim Nogueira e Álvaro Mesquita, tudo sob a pena de José Goulão.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Entre aplausos e méritos

Dado que o aplauso, sem dúvida merecido, ao F. C. Porto já foi dado, resta-me salientar o «achamento» desse jovem brasileiro que dá pelo nome de Carlos Alberto. Posso estar enganado, mas estamos perante mais um «daqueles» casos de sucesso na equipa «azul e branca»...E, sem dúvida, que o mérito está em José Mourinho. Lembram-se da forma como o apresentou («Eu não me vou adaptar a ele. Ele é que tem de se adaptar a mim»)? Aliás, penso mesmo que a forma como o setubalense lida com os seus jogadores parece mesmo ser a sua grande arma e basta ver os casos de Baía, Peixoto, Marco Ferreira e McCarthy.

P.S. – Que seria do Manchester United se os dragões tivessem Derlei? E já só falo deste...

P.S. 2 – Desculpem, mas também não posso deixar passar a atitude do Sporting ao desejar o «êxito pleno» de F.C. Porto e Benfica nas competições europeias. Tudo bem que pode tratar-se de hipocrisia, até pelo muito que se tem passado nas relações entre os denominados «grandes» cá do burgo, mas não deixa de ser significativo...

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Olé, Porto, Olé!...

Dada a inexistência de adeptos tripeiros nesta bancada, permitam-me a veleidade de entrar por aqui dentro – qual Dias da Cunha com o cachecol azul-e-branco por cima do manto lagarto – a gritar «olés» ao FCP, ao Mourinho, ao Pinto da Costa e afins...

Senhora exibição a dos portistas esta noite, confessemos, embora considere que algumas das coisas que já li e ouvi (nomeadamente os termos «massacre» ou «banho de bola») pecam um pouco por exagero.

Mas tenho de voltar a bater na mesma tecla: este FCP, tendo em conta a realidade portuguesa, é, de facto, de outra galáxia. Jogar daquela forma contra o Manchester não é para todos... Não tanto por ter sido uma exibição deslumbrante, como foi a do ano passado com a Lazio. Mas sobretudo pelo rigor com que jogaram, pela frieza com que a defesa pôs literalmente o Nistelrooy e o Saha «no bolso», pela forma gigante como o meio campo anulou senhores do calibre de um Roy Keane ou um Paul Scholes. E depois... é a tal coisa... o McCarthy fez questão de fazer «esquecer» um tal de Derlei...

Parabéns! O meu forte aplauso!
As saudades do «inferno» da Luz...

Na abordagem ao jogo de quinta-feira frente ao Rosenborg, Camacho, qual Sancho Pança (como alguém o apelidou), afirmou que será difícil resolver a eliminatória no Estádio da Luz. Desculpe! Será que ouvi bem?
É neste momento que me vem à memória as tardes e noites europeias no «velhinho» Estádio da Luz e via a imprensa, unanimemente em Portugal ou no estrangeiro, a falar sobre o «Inferno da Luz». Ai que saudades...
Bem sei que os tempos são outros e que o Benfica já não assusta ninguém, mas será esta a melhor forma do técnico espanhol abordar um jogo contra uma equipa que - tudo bem que até pode sido campeã consecutiva no seu país nos últimos 12 anos - está em fase de pré-época e até vai apresentar-se desfalcada para a discussão deste jogo?

terça-feira, fevereiro 24, 2004

Saboroso, o frango...

A personalidade torta do «bicho», aliada aos elevados índices de arrogância que destila, fazem com que estas pequenas incidências me levem a cometer o pecado de ficar contente com o mal (estritamente desportivo, sublinhe-se) dele.

Falo do Kahn. E, mais precisamente, do saboroso «frango» com que nos presenteou esta noite durante o jogo com o Real Madrid. Gostei! Confesso! Pode ter sido injusto, o Real até podia não estar a merecer. Isso tudo... Mas ter sido o Kahn a cometer aquela «gaffe», deixa-me com um sorriso nos lábios.

O Real Madrid, esse, lá vai, com os «galácticos» a carburar melhor ou pior, seguindo o caminho do sucesso que será, também, o sucesso de Figo e Queirós. Lideram a Liga espanhola, já estão na final da Taça do Rei e, agora, com pé e meio nos «quartos» da Liga dos Campeões. Gosto disso! Sobretudo se também puder ser à custa de uma das personagens que menos aprecio no futebol mundial.
Estamos a sensivelmente três meses e meio do arranque do Euro2004...

Debateu-se, durante muito tempo, sobre o facto de a televisão estar a matar o desporto-rei. Futebol em excesso, clamava-se. Mal esse que, para além de afastar os espectadores dos estádios, acabava por fazer com que as pessoas se fartassem da overdose futebolística que lhes entrava casa adentro.

Bons tempos esses, contudo, em que o «excesso de futebol» tinha incidência apenas nas noites de fim-de-semana, em esporádicas ocasiões durante a semana (competições europeias) e situações pontuais como os Mundiais e Europeus. Depois surgiu a Sport-TV e canalizou-se para apenas uma onda hertziana esse mal que nos assolava. A bola continua a ser em excesso mas... agora que ninguém se queixe, pois só a vê quem quer e quem paga para o efeito. Até que...

Estamos a sensivelmente três meses e meio do arranque do Euro2004, recordo. Mas no último domingo senti um calafrio na espinha. Senão vejamos: 14h05m – começa o programa «Vive o 2004!» (assim mesmo, com ponto de exclamação, como que obrigando o telespectador a ‘viver’ de facto a prova como verdadeiro português...), apresentado pelo Dani. Cerca de 50 minutos de «futebol», para aquecer a alma, ainda que com base num produto televisivo sem sal, sem interesse, sem... ponta por onde se lhe pegue. Acabou por volta das 15h00m. Um bom «timing». Ao fim e ao cabo, o programa é fraco e o Euro2004 é só daqui a mais de três meses.

Mas... às 15h30m, a coisa piora: começa o «Força Portugal» (sem ponto de exclamação...), um programa inenarrável, apresentado pelo inevitável Jorge Gabriel – quem mais?! – com o auxílio da Isabel Figueira. A «coisa» é assustadora: músicos pimba, outros nem tanto mas a caminho disso, convidados da treta que debitam banalidades, adeptos alarves que, de cachecol luso ao pescoço, atiram frases feitas e clichés do mais oco possível, antevisões futebolísticas sem ponta de conteúdo... tudo isto embrulhado em quase três horas de programa. Porquê?! Não sei...

E calma, porque isto ainda não acabou! Terminado o «Força Portugal» – quando o relógio já batia nas 18h00m –, começa o «Domingo Desportivo». Quarenta e cinco minutos de resumos, declarações, polémicas, enfim, futebol à portuguesa, como nós tanto gostamos. O programa termina com o aviso: «não se esqueça que, a partir das 19h15m, teremos a transmissão do Gil Vicente-Sporting, em exclusivo na RTP». «Boa!», pensa o telespectador... «ainda temos 20 minutos de descanso»... Puro engano. Esses 20 minutos são ocupados pelo concurso «Milionário», um desses muitos formatos televisivos que se dedica a distribuir dinheiro pelas pessoas. O mote do concurso?! Adivinhem... vá lá... mais um esforço... exacto!!! O Euro2004!!!

Segue-se o Gil Vicente-Sporting, hora e meia de bola pura e dura, com final às 21h10m, para dar lugar ao Telejornal, essa chatice que, felizmente, também dedica alguns minutinhos ao futebol. Feitas as contas, em mais de sete horas de programação, apenas trinta minutos não foram ocupados com futebol. Uma sériezinha manhosa de meia hora de duração entrecortou aquilo de que, como diz o outro, «o povo gosta!».

Se juntarmos a tudo isto o facto de, actualmente, 90% dos anúncios televisivos associarem a imagem das respectivas marcas ao futebol e, neste caso concreto, ao Euro2004, estamos conversados. Até o SKIP, meu Deus!, vai desencantar a arrojada ideia de pôr as mães do Simão e do Nuno Gomes em pose «pop-star», a promover o detergente como pilar essencial da evolução da carreira futebolística dos rapazes...

Reforço esta ideia: estamos a mais de três meses do Euro2004...

E questiono-me: onde é que isto vai parar?!?!?!

PS: só numa nota final... nesse domingo, às 23h00, tivemos ainda direito a uma «segunda edição do Domingo Desportivo», com mais uma hora de emissão...

PS2: e não nos esqueçamos que ainda vem aí o «Soccastars»... haja pachorra!
Prognósticos, mesmo, só no fim...

Os prognósticos feitos apenas com a frieza dos números podem levar a algumas interpretações erradas, por isso aqui vai...Acredito que, neste momento, o F.C. Porto tem equipa para vencer o Manchester United, facto até comprovado pelo site de apostas mais conhecido do Reino Unido. É claro que, se a máquina atacante de Alex Ferguson funcionar, os «red devils» podem vencer facilmente, mas a garra dos «azuis-e-brancos» também cria dificuldades, principalmente numa altura em que a defesa dos ingleses parece mais um grupo de anjinhos (11 golos sofridos nos últimos 5 jogos).

Quanto ao Benfica-Rosenborg, penso que os «encarnados» têm obrigação de ganhar bem aos noruegueses, ainda que tal cenário seja muito improvável. O Rosenborg, apesar dos «pergaminhos» na Europa nos últimos anos, está em fase de pré-temporada (só tem 17 jogadores de campo) e não conta com um dos seus jogadores mais influentes (Roar Strand). No entanto, aquela defesa do Benfica (seja com qualquer jogador) não permite grandes felicidades e a surpresa pode muito bem acontecer.

Por isso, meus amigos, é com a frase célebre do «futebolês» que eu remato a questão dos prognósticos, até porque é a que melhor espelha a imprevisibilidade deste espectáculo...

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

O não-espectáculo

Se houvesse um prémio para a equipa mais detestável da SuperLiga, sem dúvida alguma que o Boavista arrecadava o troféu de forma incontestável. Sem colocar em causa tudo o que fez de bom nos últimos anos, esta equipa é a prova cabal de que o futebol também pode não ser espectáculo.

O mal, que para os seus responsáveis até pode ser bom, não vem de agora, é certo, mas continua a não haver pachorra para assistir aos jogos da «equipa das camisolas esquisitas». Jaime Pacheco já foi embora e Sanchez, que durante anos até foi o mais «perfumado» jogador do clube, manteve a fórmula: destruição do futebol do adversário, entradas com tudo, picardias q.b., ou seja, a total entrega à máxima «do pescoço para baixo é canela»...

Vide por exemplo o caso de Ricardo Sousa, ele que até poderia assumir o papel desempenhado por Sanchez na equipa anteriormente. No entanto, as preciosidades que protagoniza em campo rapidamente são esquecidas perante a sua atitude maldosa sobre os adversários.
APOSTAS EUROPEIAS

Como em qualquer bancada ou conversa de adeptos que se preze, deixo aqui o repto para que avancem com os vossos prognósticos para os jogos europeus desta semana das equipas portuguesas. Aqui vão os meus:

FC Porto – Manchester United, 2-3
Benfica – Rosenborg, 2-1
E AGORA O SPORTING...

Para ser sincero, mal me deparei com as primeiras imagens da transmissão televisiva da RTP em directo de Barcelos, tive uma estranha sensação de «déjà vu» e pensei para com os meus botões algo do género: «Já fomos!»

Continuo a não perceber como é que é possível que uma Liga que se diz profissional possa ser disputada num... enfim... que raio de coisa se pode chamar àquilo? Um baldio arrelvado? Um quintal em forma de estádio? É que até o simples termo «campo de futebol» peca por exagero quando somos confrontados com aquela miséria. Facto: é impossível jogar futebol naquelas condições.

Mas enfim... nisto dos campos, como se costuma dizer na gíria futebolística – essa «coisa» recheada de conceitos bíblicos – eles são iguais para as duas equipas, portanto nem vale a pena ir por aí para justificar o novo percalço do Sporting. Apetece. Mas não o faço. Tal como também apetece maldizer aquela ‘arvela’ que dá pelo nome de Nandinho e que parece existir apenas para irritar os adeptos sportinguistas (não nos esquecemos das suas três batatas em Alverca, não!) e para engrossar o lote de inacreditáveis jogadores que já passaram pelas fileiras lampiãs.

Bem... estou a esticar-me. Vim aqui para falar do Gil Vicente-Sporting. Passo, então, a fazê-lo: foi um jogo engraçado, «entretido», com duas equipas à procura da vitória. Futebol aos repelões, está bem, mas ainda assim agradável de acompanhar, com a bola sempre a rondar as duas balizas, vários lances de golo, emoção... porreiro!

No Sporting gostei, sobretudo, do Custódio e do Barbosa. O Carlos Martins, naquelas condições, não conseguiu provar que merece o lugar, mas o golo marcado deve dar-lhe direito a mais oportunidades. O Tinga, para além do penalty ridículo, mostrou-se mais trapalhão do que objectivo. Ainda assim deixou uns apontamentos que deixam antever que pode ser útil. A rever, portanto. Por último... Ricardo. Já nem sei o que diga. Ok... tem duas intervenções importantes a segurar o 1-0, mas no resto... ui, amigos... aquelas saídas da baliza com os respectivos safanões maricas na bola são de deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos! Mas já esteve pior, reconheço.

Quanto ao Gil Vicente, e por ser manifestamente incapaz de assumir uma posição isenta, fico-me pelo óbvio: fez pela vida, mereceu o empate e podia perfeitamente ter ganho o jogo (teve várias ocasiões para fazer o 2-0 e, depois, o 2-1). Quanto ao resto, detesto aquela equipa, aquele estádio e a maioria dos jogadores que constituem o plantel. Portanto, e para ser simpático... felicidades e um bom resto de Superliga para eles.
UM ESPANHOL PERDIDO NOS TRIÂNGULOS DAS BERMUDAS...

Permitam-me a «maldade» camaradas de bancada mas, apesar de compreender perfeitamente a vossa angústia perante o resultado ontem averbado pelo Benfica, não me consigo conter e tenho de fazer alguns comentários sobre a «casa alheia». E se calhar até nem me vão levar a mal, tendo em conta o que já escreveram, logo a partir do momento da divulgação da convocatória do Camacho..

Deixo este pequeno exercício à vossa (e à dos leitores) consideração: há cerca de um mês, li uma entrevista do Queirós em que ele falava dos problemas com que se tem deparado para fazer a «linha» do Real Madrid, nomeadamente a partir do momento em que deixou de poder contar com o Makelele, que se juntou à anterior saída do Hierro.

Reclamava o «nosso» Queirós que o Real tinha perdido duas referências importantíssimas nos dois eixos que considerava fundamentais para a construção de um «onze» sólido: os triângulos que se formam entre o guarda-redes e os centrais e entre estes e a zona intermediária.

Acompanhando o raciocínio e transpondo-o para a (imensamente diferente, é certo) realidade encarnada, vejamos quem foram os jogadores que formaram ontem esses triângulos na «vossa» equipa: Moreira-Luisão-Hélder; Luisão-Hélder-Fernando Aguiar. Não querendo isentar o Moreira de culpas nos golos sofridos, eu faço uma pequena ideia da azia com que o rapaz tenha entrado em campo. É uma maldade que não se faz...

E não se faz porque o Moreira não merece ser entregue a tão madrasta sorte: o Hélder está «acabadinho» como eu não me lembro de ver um jogador «acabadinho» a arrastar-se pelos relvados portugueses (nem o Veloso penou tanto no seu final de carreira); o Luisão parece caminhar a passos largos para assumir por inteiro o rótulo de «barrete» do ano (embora ainda sejamos obrigados a dar-lhe o benefício da dúvida); o Fernando Aguiar... enfim... é o Fernando Aguiar! E pior crítica do que essa não lhe pode ser feita!

Assim sendo... era um daqueles jogos cujo destino estava traçado antes mesmo do apito inicial do árbitro. Sobretudo se levarmos em linha de conta que pela frente estava (só!) a equipa com melhor ataque da Superliga na condição de visitada. Facto que, por si só, me leva a uma nota final...

Irrita-me a sério, no meio de tudo isto, é o facto de a imprensa continuar a ter dois pesos e duas medidas. Por muitos menos erros tácticos, confusões na composição da equipa, enganos nas substituições, má gestão de plantel, declarações «queixinhas» e coisas do género, a imprensa desportiva apressou-se, no ano passado, a «fazer a cama» ao Bölöni. Não quero (longe de mim!) fazer a apologia do senhor franco-húngaro-romeno, mas que dá que pensar, lá isso dá. É que já nem a fleuma de «macho» e de homem-decidido-com-quem-ninguém-brinca chega para tapar as asneiras que o espanhol anda a acumular...

Haja quem tenha a coragem de o colocar em causa nos pomposos editoriais desta semana, sff.
«Preciosidades»

Até posso perceber que é o «directo» na televisão é difícil, mas há certos (para ser simpático) comentários que me deixam completamente atordoado quando assisto a um jogo através da «caixa que mudou o mundo».

Eis algumas «preciosidades» de José Marinho na SportTV durante o Nacional-Benfica:
- «O que é Nacional é bom, o que é Benfica é frouxo»
- «zero em absoluto para o Benfica»
- «Adriano, senão o melhor, um dos melhores avançados atacantes da SuperLiga»
- «Os bons jogadores medem-se, também, pela forma como se adaptam às condições do relvado e Luisão já, por mais de uma vez, que reclama dessas condições. Ora, acho que não estou a dizer nenhum disparate»
- «Luisão faz um corte para canto, um corte como quem diz...É que nem foi para onde estava virado»

Isto já para não falar da «dupla» Baila-Fidalgo (principalmente o primeiro) do Gil Vicente-Sporting, que no final do jogo rejubilou: «O Sporting acaba de perder dois pontos com o Gil Vicente, ficando a sete do F.C. Porto»

Quanto aos jogos em causa, não deixo de enaltecer a vivacidade em Barcelos. O Sporting jogou, mas o Gil também não ficou atrás, e talvez haja ali uns cartões por mostrar sempre em prejuízo para os «leões»). Na Choupana, confirmaram-se os meus receios. E preocupa-me ainda mais quando oiço Camacho dizer que o objectivo principal é a qualificação para a «Champions» e, depois, «monta» a equipa daquela forma....

domingo, fevereiro 22, 2004

Bom jogo o da Académica no Restelo. Os números (5-0!!!) só surpreendem quem não viu o jogo, pois a Briosa mostrou-se sempre superior aos «azuis», que teimam em não se encontrar desde que Manuel José abandonou. Depois disso, já por lá passou Bogicevic e foi o que se viu....agora é Augusto Inácio.
No outro lado, a Académica demostra sinais de vitalidade desde que João Carlos Pereira assumiu o comando da equipa. Num 4x3x3 que se saúda, a movimentação do jogadores tornou-se impressionante no Restelo e atenção a este nome: Paulo Sérgio (emprestado pelo Sporting).

sábado, fevereiro 21, 2004

Gestão???

Sei que o jogo com o Rosenborg está aí e que se reveste de grande importância (seja lá o que isso signifique), mas definitivamente não percebo certas opções de Camacho. Depois de tudo o que fez com Roger, parece que agora virou-se para Zahovic. Não escondendo que considero o esloveno o jogador mais «cerebral» (talvez mesmo o único!) deste Benfica, e mesmo sabendo que já não prima pelo fulgor físico, uma pergunta não me deixa de assolar a mente: Será que Zahovic não tem lugar entre os 18?
Resta-me dizer que espero, agora, ver o trio Petit-Aguiar-Tiago no jogo com o Nacional, pois acho que o sr. espanhol não tem coragem para derivar Geovanni para o meio e colocar João Pereira à linha...Talvez me engane!

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

O inigualável Daniel Reis e a falta de paciência para aturá-lo...

Aceite o convite para me instalar nesta Bancada, decidi que era melhor apresentar-me de imediato perante vós como «lagarto» que sou. Assim ficam já dissipadas as dúvidas sobre eventuais comentários menos isentos que possa vir a fazer no futuro.

E para dar o pontapé de saída nesta nova aventura, optei por iniciar a minha participação com um despejo de bílis sobre uma daquelas figurinhas irritantes que têm o (incompreensível) luxo de lhes serem dadas o estatuto de opinion makers nas páginas dos jornais desportivos portugueses. Neste caso, n’A BOLA. Neste caso, o senhor Daniel Reis.

Segundo consta, o senhor até é boa pessoa. Mas sofre desse terrível mal que é o de pertencer à estirpe de sportinguistas que, por vezes, me fazem ter vergonha de partilhar com eles os sentimentos clubisticos que nos unem. O exemplo máximo dessa situação é o detestável João Braga. Daniel Reis é menos alarve, ok... Mas, ainda assim, enervante q.b, para fazer com que aquela irritante figurinha de chapéu ridículo e cachimbo na boca me provoque alguns ataques de azia nas sextas-feiras em que nos presenteia com as suas aleivosias em forma de crónica.

Curiosamente, o título da crónica semanal desse senhor dá pelo nome de Bolas da bancada. O que se adequa na perfeição ao seu papel na imprensa desportiva, na medida em que ele representa para os leitores o mesmo que, seguramente, representam para os jogadores aqueles adeptos serôdios que atiram bolas da bancada durante os jogos, para interromper um lance ou para ajudar a «queimar tempo»: é desnecessário, descabido, enervante e estúpido.

Nos últimos tempos, então, as suas Bolas da bancada deixaram-se enredar numa complexa e balofa perseguição ao FC Porto e respectivos dirigentes, jogadores, adeptos, estádio, relva e sei lá que mais. Sim, sei lá que mais porque, seguramente, para as próximas semanas estarão reservadas deliciosas crónicas sobre a caspa do Jorge Costa, as borbulhas do Deco, o bigode do Reinaldo Teles ou as «roulotes» de bifanas que circundam o Estádio do Dragão. E adivinho já que tudo será motivo de crítica acintosa, sendo aproveitado o tema das «roulotes» para o discorrer de uma tese que terminará (só pode!) com a conclusão de que as bifanas do Alvalade XXI, essas sim, são magníficas, tenras, deliciosas e verdadeiramente ao gosto do adepto.

Tudo isto espoletado por uma «azeda» troca de opiniões com o senhor Miguel Sousa Tavares – cronista, também ele, d’A BOLA – em que Daniel Reis ficou, claramente, a perder. E por larga margem. Mas ele não desarma... Infelizmente, para nós sportinguistas, ele não desarma. É ver a crónica de hoje. Uma miséria! E o facto é que não há forma de calá-lo. Ou de fazê-lo escrever sobre assuntos minimamente interessantes. É um daqueles casos em que, como dizia o outro, e para bem da nossa higiene mental, mais vale ignorá-lo do que... aturá-lo.
12 jogos! Faltam 12 jogos...

Com dois terços de campeonato cumpridos, já se pode falar de muita coisa...

Entre as equipas:

Positivo: A carreira invicta do F.C. Porto parece estar para durar; O Nacional, apesar das «brasileirices», continua a surpreender e é a equipa mais concretizadora em «casa» (28 golos); Apesar dos recentes resultados menos positivos, é de salutar a carreira de Beira-Mar e Sporting de Braga; Quem diria que Moreirense e Rio Ave estavam entre os 10 primeiros?

Negativo: Vitória de Guimarães continua «aflito»; O prometedor início do Belenenses não teve continuidade, tal como sucedeu com a Académica.

Meio-termo: os novos estádios

Entre jogadores:

Positivo: A confirmação de Maniche no F.C. Porto; A revelação Liedson e as «performances» de Polga, Rochemback e Pedro Barbosa no Sporting; O Benfica voltou a produzir: João Pereira; Adriano, do Nacional, leva já 13 golos na SuperLiga; Os «jovens» do Belenenses Gonçalo Brandão e Ruben Amorim.

Negativo: A morte em pleno relvado de Fehér, do Benfica; A lesão de Derlei, do F.C. Porto; O «caso» de doping de Pedro Neves, do Alverca; As noitadas de McCarthy, do F. C. Porto; O total «encostamento» de Rui e Paulo Bento no Sporting; Perderam-se valores (Dário, Roger) e onde pára Ednilson, que deixou o Benfica «para jogar»?; O «cinzentismo» de Paulo Madeira e Sabry no Estrela da Amadora.

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Já há muito que tinha alertado para as constantes presenças de Benni nas «calientes» noites de Vigo, mas só agora foi apanhado...Não! A situação tornou-se foi agora insustentável no plantel às ordens do Zé Sadino, que finalmente viu provado que tal situação estava a condicionar o rendimento do jogador (vide as prestações nos últimos jogos e não esquecer que Benni não marca desde 24 de Janeiro).

domingo, fevereiro 15, 2004

As relações entre F. C. Porto e Sporting (mais precisamente entre Pinto da Costa e Dias da Cunha) não vivem os melhores dias, mas não podemos esquecer o tempo em que ambos se mostravam bem amigos. E porquê? Bem, segundo consta nas noites portuenses, Pinto da Costa e Dias da Cunha viram-se nas «embrulhadas» de Reinaldo Teles e, numa noite grata em recordações, os dois presidentes lá «saborearam» as Manas (assim conhecidas por passearem sempre juntas). Uma é ainda a actual «menina» do presidente do F.C. Porto, a outra...bem, a outra não prosseguiu com o presidente do Sporting, ainda que os dois pares tenham experimentado muita coisa juntos.